ONDE ENCONTRAR OS BANDIDOS DO DINHEIRO PÚBLICO? SEGUEM A DISTRIBUIÇÃO DO TRABALHO NAS ORGANIZAÇÕES PÚBLICAS

Não a bajulação



Historicamente sabemos quem põe a mão no patrimônio público: ocupantes de cargos de confiança que são escolhidos para prestar serviço pessoal aos seus donos. Ocupam cargos importantes que dão acesso a dinheiro, informação privilegiada, contatos com políticos e grandes empresários. São escolhidos pela fidelidade aos seus donos e capacidade de roubar e até matar em nome deles. Não são escolhidos pela capacidade de resposta aos grandes problemas sociais da sua área de atuação. O processo de seleção já é um crime: critérios pessoais que afrontam a impessoalidade princípio constitucional, como bem exemplificado no episódio “Pedido de Demissão do ex-ministro Sérgio Moro”.

Até a distribuição de trabalho nos escritórios regionais de uma secretaria de estado é feita para satisfazer os interesses pessoais do chefe do escritório. Interesses estes políticos. Tem o melhor trabalho aquele que bate o ponto eletrônico de presença do chefe quando este falta, utiliza os veículos oficiais para fins pessoais e políticos, relaciona a distribuição de dinheiro ou insumos públicos aos municípios como mérito do político tal, dá parecer favorável a prestação de contas dos municípios que são administrados por aliados políticos, cria dificuldades na prestação de contas aos municípios que o prefeito é de oposição, solicita favores e “brindes” aos prefeitos e secretários municipais. Aquele que não faz nada disto se quer tem trabalho. Estas pessoas são isoladas.

Quem são os escolhidos e porquê sinalizam a bandidagem com a coisa pública. Não tem que existir escolhidos. Tem que existir reconhecimento de servidores públicos éticos e com capacidade de dar respostas aos problemas sociais. Tem que existir processo de seleção interna que dê oportunidades a todos a demonstrar o seu valor. Se não existir processo de seleção interna é pessoalidade, é crime.

Querem acabar com a corrupção. Acabem com os puxa-sacos. Mas para isto presidente, governadores e quem ocupa altos cargos públicos têm que ser pessoas desprendidas de poder e pessoalidade. Alguém conhece um assim?

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